quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

"Esqueci a receita em casa, mas preciso do remédio"...

Claudio Vianei
O assunto permanece: política é ainda o tema das conversas nos bares, lojas comerciais, entre membros de famílias, na porta do Fórum, na prefeitura, na Câmara então nem se fala...
Embora muita gente ainda teime em dizer que não gosta de política, a grande maioria, queira ou não, admite que fala disso em determinados papos em que participam... e não há como fugir disso.

Mas a política que eu quero falar hoje é um pouco diferente da política partidária... É a política dos remédios que a gente compra nas farmácias pelo Brasil afora...
Uma cena muito comum ainda em nosso País é assim: a pessoa entra em uma farmácia e pede um medicamento e é atendido... Pode parecer normal, mas a receita médica, a maioria nem pergunta se ela existe... E o erro existe dos dois lados: tanto de quem vende como de quem compra...

Quem compra sai da farmácia com a sensação de vitorioso porque que burlou quem lhe vendeu com uma conversinha a toa, dizendo talvez para o balconista: “Esqueci a receita em casa, mas preciso do remédio tal!” o rapaz atende seu pedido dizendo “Vou fazer isso, mas não posso, sabe? Dá problema vender remédio sem a receita... Mas como é para o senhor...!” Um, pensando que está enganando o outro...

Quando acontece algum problema o primeiro a ser sacrificado é o dono da farmácia que vendeu, pois não exigiu a receita; do outro lado, quem usou o remédio, pode se dar bem, mas pode acontecer coisas muito desagradáveis... E a gente sabe de casos de pessoas que “enganaram” o balconista da farmácia e hoje estão em cima de camas, sem nem poder se mover, por causa de um remédio comprado sem a devida receita médica....
A lei, gente, foi feita para ser cumprida... Tanto pelo que vende como pelo que compra...
A culpa é sempre dividida e só entra pelo cano quem quer...

Os remédios de grande uso popular normalmente vêm em embalagens sem característica especial  e entre eles estão os antitussígenos (contra a tosse), os antitérmicos (contra a febre), os laxantes e anti-anêmicos, por exemplo... Os medicamentos com faixa vermelha só podem ser vendidos  com receita médica... Obedecida esta condição, não apresentam perigo para quem usa, senão em casos especiais. . Para uns exige-se a retenção da receita médica, como é o caso dos produtos de ação sobre funções nervosas superiores como é o caso dos tranquilizantes, cujas receitas ficam retidas; para outros medicamentos não existe obrigatoriedade de retenção da receita...

Os remédios que são envolvidos em faixa preta são produtos que podem causar dependência física ou psíquica e a prescrição médica, que é feita em receituário azul, fica retida na farmácia, e neste item são incluídos os barbitúricos, entorpecentes e certos inibidores do apetite... Há também os medicamentos que só podem ser usados estritamente pelos hospitais e estabelecimentos hospitalares que são os anestésicos e outros...

As autoridades gastam muito dinheiro orientando o consumidor com folhetos educativos, propaganda na TV, com a finalidade de atingir uma população habituada a ingerir remédios...
Se existem doenças realmente, também proliferam produtos inúteis, dispendiosos e, o pior, perigosos e mortais...Isso sem contar com os falsificados que são vendidos por aí, e que muitos donos de farmácias vendem, sabendo que estão condenando à morte pessoas que acreditam que estão comprando remédios de boa qualidade...

Os meios de divulgação e comunicação despejam sobre um público ávido de consumo, seus avisos restritivos, mas esses caem na vala comum dos movimentos que saturam...
Os médicos que têm bom senso insistem há muito tempo que medicamentos sem prescrição médica podem matar... E podem mesmo, quando não aleijam... Aliás, muita gente desconhece, mas uma simples aspirina, aparentemente inofensiva, pode causar hemorragias no estômago; medicamentos como analgésicos e antigripais, largamente usados, podem conter a FENACETINA, que é uma droga que, conforme se comprovou em diversos países, é causa de acidentes renais e, em doses prolongadas e maciças, acabam por destruir os rins... 

E tem mais: Você sabia que a mulher que toma anticoncepcionais deve saber que se eles forem mal dosados, podem provocar tromboses arteriais?.. Os laxativos, usados para problemas de obesidade, são responsáveis por intoxicações graves... Tranquilizantes conduzem à paralisia total do intestino grosso, e por aí afora...

As farmácias e drogarias, cuja fiscalização se faz pelas secretarias estaduais de Saúde ou, em certos casos, pelo Ministério da Saúde, têm por obrigação orientar os mais afoitos, ou incautos,  e informar-lhes que a presença das faixas indica perigo, e o público precisa saber que os efeitos colaterais dos remédios costumam trazer consequências funestas...

É claro que generalizar, de minha parte aqui, é arriscado, pois há muita gente correta e honesta nas farmácias, e só se pode culpar alguém a partir de provas... Mas os fatos existem, e uma boa verificação não desmentirá a caracterização de cena comum, quando o cliente consegue burlar-se a sí próprio... E não foi sem motivo que a sabedoria popular inventou a expressão REMÉDIO PIOR QUE A DOENÇA... E depois é melhor prevenir do que ter que remediar e aceitar que cometeu um erro grave...

É tempo de todos tomarem consciência e dar um basta nessa de automedicar-se.. Afinal de contas quem entende de indicar remédios, até prova em contrário, são os médicos e, às vezes, erram, que dirá dos leigos em medicina?
Vamos mudar de hábitos e passar a procurar quem entende do que faz? É isso mesmo... Se cada um procurasse o profissional de cada área, a coisa seria bem diferente e os aproveitadores estariam sem lugar.. Concordam?
É isso aí (Claudio Vianei)


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Claudio Vianei
PARA PENSAR... DE VERDADE!

O povo reclama, muitas das vezes coberto de razão e outras tantas sem um mínimo disso...
Quem ainda não chegou de viagem nas rodoviárias, cansado da viagem, com vontade de chegar em casa para descansar e quando procura um taxi... cadê? Nenhum por perto...

Aí, aparece um carro particular... A pessoa vai até o motorista e lhe faz proposta de pagar para levá-la até sua casa... Ele aceita, até porque uma graninha a mais não faz mal a ninguém...

Alguém conta para um taxista que o carro de fulano fez a viagem para a passageira... Como abutres partem pra cima do dono do carro e querem tirar satisfação, agredir o motorista, porque, dizem, está fazendo concorrência desleal... Mas, por que não estavam no terminal rodoviário quando passageiros chegam?

Esse exemplo foi só para mostrar como há profissionais e "profissionais" em todas as áreas, e para falar de um outro assunto relativo a isso e que está chegando aqui para nós: o Uber! Verdade!
Um serviço que sai bem mais barato do que os taxistas cobram. E aqui é cobrado no "tiro", de acordo com a cara do freguês. Para uns é um preço, para outros é outro. Digo, porque já aconteceu comigo!
Outra coisa que eu não concordo é o profissional recusar corrida por ser de percurso pequeno. Aí, há muitos que se recusam transportar o passageiro... Vão ganhar pouco. Preferem viagens longas!

Querem exemplos? Pois bem. Quanta gente já andou a pé alguns quilômetros, na madrugada, pois saíram de um show e a rua repleta de taxistas na frente da casa, que se recusavam a fazer corridas com valores inferiores a R$ 50,00.

Aí, quando a gente fala no Uber, querem (como tentaram no RJ e em SP) quebrar os carros, bater nos motoristas, não deixar que trabalhem, mas estão fazendo um serviço muito melhor do que muitos taxistas, muitos deles mal educados e mau humorados, como se o passageiro tivesse culpa das suas particularidades...

Na minha opinião esse sistema, por aplicativo, veio para ficar e não há como regredir. O Uber vem oferecendo o que muitos dos taxistas não oferecem há muito tempo: um serviço individual, conveniente, barato e de qualidade.

Vocês já notaram como as coisas estão mudando muito rapidamente? Quantas locadores de vídeo tínhamos na cidade? Lembra? Várias, não é? E hoje, sabe quantas? Duas ou três, se tanto! E olha que havia umas dez na cidade! Sabem por quê? Porque apareceram a internet, a Netflix e ninguém, ou quase ninguém, se dá mais ao trabalho de ir a uma locadora se pode baixar um filme direto no seu computador ou mesmo assistir sem baixar... e de boa qualidade!

Lembram das máquinas de datilografia? (Eu tive quatro delas)... Tive que me desfazer quando comprei meu primeiro computador, lá pelo ano 1995! (Faz tempo, né?)... E tantas outras coisas que foram aparecendo -e vão continuar aparecendo- para facilitar nossas vidas.

Hoje é raro uma pessoa não estar antenada, ligada no Facebook, no Twitter, no WhatsApp e em tantos outros aplicativos em seus celulares... celulares esses que, praticamente, acabaram com a utilidade que tinham os ''orelhões'' colocados em locais estratégicos (alguns ainda funcionam) para facilitar quem não tinha telefone em casa... ah, o telefone fixo, a cada dia que passa, vai perdendo sua utilidade. Antes a gente o usava para comunicar passando os já desconhecidos fax. Hoje só se comunica via e-mail ou pelo sistema de voz dos aplicativos, sem que a gente gaste dinheiro com tais ligações, tudo via internet!

Se for enumerar o tudo que mudou, e ainda vai mudar, o espaço vai longe... Mas eu queria mesmo é mostrar que se os nossos taxistas não procurarem atender melhor seus clientes, o Uber está chegando por aqui também. O aplicativo já está enviando 'links' oferecendo o serviço e cadastrando motoristas para fazerem parte dessa rede que vem crescendo a cada dia que passa... E, se os profissionais daqui não se cuidarem, vão abrir espaço para o aplicativo.

Alguém poderá dizer que Ipanema é muito pequena para tal serviço, mas ele começou foi pequeno mesmo! E cresceu e hoje está se espalhando pelo país inteiro, mesmo em cidades como a nossa!

Outra coisa que já abordei tempos atrás: a cobrança de acordo com a cara do freguês está fora de moda. Por que os profissionais do volante daqui não procuram os meios para que se coloque taxímetro nos seus veículos? Estamos no século 21, pessoal!

Acho que todos sairiam ganhando, tanto o profissional, como o cliente que ele transportar.

Depois, não vai adiantar reclamar, pois as oportunidades surgem e passam muito rápido na atualidade.
É isso aí! (Claudio Vianei)


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