segunda-feira, 11 de abril de 2016

Você condenaria essa mulher?

Claudio Vianei
Gosto muito de contar histórias e acho que é uma maneira de a gente mostrar situações, às vezes cômicas, outras vezes alegres, outras tristes e outras nem tanto uma coisa ou outra...
Mas essa historinha é bem interessante e dá o que pensar para muita gente, principalmente as mamães que contratam sua auxiliares sem procurar saber detalhes pessoais ou profissionais da candidata. Mas, vamos à nossa primeira história de muitas que contarei aqui...

Esta história é assim: "Eleonora contratou uma empregada para trabalhar para ela, para ajudar nos afazeres domésticos, ajudar a cuidar do seu neném de 1 ano, que estava começando a andar, e as tarefas normais de uma casa com três pessoas apenas, já que Eleonora é casada com Paulo e têm um filhinho chamado Hércules.
Sandra -esse o nome da secretária do lar, contratada por Eleonora- era uma moça bonita, caprichosa, cuidava direitinho de Hércules, que gostava muito dela.

Mamadeira na hora, roupinha lavadinha e fresquinha para o xodó da casa, que vivia aprontando todas que podia para a sua tenra idade.

Com a mudança de temperatura, foi necessário um cuidado maior com o garotào, que continuava a aprontar das suas, mas sempre auxiliado pela eficiente Sandra, que só tinha um defeito, que nunca revelou para a patroa: era analfabeta, não sabia ler e muito menos escrever qualquer coisa.

Certo dia, tendo Hércules sido acometido de uma conjuntivite muito forte, Eleonora levou-o ao médico que receitou, entre outros remédios, pingar uma gota de colírio em cada olhinho do menino, pela manhã.

Voltando para casa colocou os remédios na caixinha que ficava no banheiro.

No dia seguinte, tomou o seu café matinal, beijou o marido e o filhinho e partiu para o trabalho, como fazia sempre. Logo depois foi Paulo quem saiu para o trabalho, desejando bom dia para o filho e mais a empregada, que já demonstrara eficiência e competência no seu trabalho. E foi feliz da vida, sorrindo...


Eleonora, ao chegar no serviço, lembrou-se que tinha que ter pingado as gotinhas de colírio nos olhos do filho. Mas não se preocupou. Pegou do telefone e ligou para casa.

Sandra atendeu.
- Sandra, deixei de pingar o colírio nos olhinhos de Hércules. Faça o favor, minha amiga, de ir na caixa, no banheiro, e pegar o colírio e pingar uma gotinha em cada olhinho de meu filho, tá ?
- Pode deixar, patroa. Vou fazer como a senhora mandou.

Sandra foi ao banheiro e ficou sem saber o que fazer. Não sabia ler para poder identificar que remédio era o colírio. Que fazer então ?

Pegou uma porção de frascos que estavam lá, mas nenhum deles parecia com nada que pudesse pingar gotas nos olhos de alguém, muito menos de uma criança.

De repente encontrou.

Pegou do recipiente e aplicou uma gotinha em cada olho do neném.
Só que ela, por sua ignorância, não sabia que estava aplicando gotas de super bonder nos olhos da criança, que começou a gritar.

Ela, desesperada, ligou para a patroa explicando o que havia acontecido, e ela foi correndo para casa e encontrou o filho com as retinas queimadas pela cola super-bonder. Cego. Só aí é que Sandra foi dizer que não sabia ler e que a única coisa que lhe parecia ser o colírio era aquela cola".

***
Eleonora está querendo processar Sandra pelo seu infortúnio e do filho.
E você, condenaria ou absolveria Sandra se fosse o juiz nessa hora ?

Nenhum comentário:

Postar um comentário