segunda-feira, 28 de julho de 2025

28jul2025 =- Lula apela para que Trump deixe “a divergência de lado”

 POLÍTICA

Lula apela para que Trump deixe
“a divergência de lado” e “reflita
a importância do Brasil”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo público neste domingo, dia 28, ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que ele “deixe a divergência de lado” e reconsidere a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, previstas para entrar em vigor no dia 1º de agosto.

A declaração foi feita durante a inauguração de uma usina termelétrica no Rio de Janeiro. Em seu discurso, Lula criticou a decisão unilateral de Trump, anunciada por meio de redes sociais, e reforçou a importância do diálogo entre os dois países.

“Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita sobre a importância do Brasil. Tem divergência? Então senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos tentar resolver. E não de forma abrupta, como foi feito com essa taxação de 50% ao Brasil”, afirmou Lula.

As tarifas foram justificadas por Trump como uma resposta ao que ele chamou de “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado no Brasil por tentativa de golpe de Estado. O governo brasileiro nega qualquer motivação política nos processos e classifica a medida norte-americana como uma retaliação injusta e prejudicial ao comércio bilateral.

Nos bastidores, o Itamaraty confirmou que foram feitas ao menos dez tentativas formais de estabelecer diálogo com o governo norte-americano desde maio, todas sem resposta. O vice-presidente Geraldo Alckmin também relatou que ligações diárias à Casa Branca não resultaram em retorno oficial.

Diante do impasse, o Planalto analisa a adoção de medidas de reciprocidade. Entre as possibilidades estão sobretaxas a produtos norte-americanos e restrições a empresas de tecnologia com forte presença no mercado brasileiro.

Lula afirmou ainda que o Brasil não aceitará “ser tratado como país de segunda classe” e que continuará buscando uma solução pacífica, mas firme. “O Brasil não vai se ajoelhar diante de pressões externas. Vamos defender o nosso povo e os nossos interesses com dignidade”, concluiu. 
 (Fonte: nocentrodopoder)

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